TEATRO EXPERIMENTAL DE ALTA FLORESTA E CELEIRO DAS ANTAS


Celeiro das Antas

A Anta é uma das espécies de animais mais antigas que habitam o planeta. No contexto comum anta é um termo usado como xingamento, definindo alguém como burra, persistente, típica cabeça dura.

Caçar uma Anta é muito simples: basta seguir sua trilha e, ao encontrar um trecho onde as pegadas seguem em dois sentidos, é só subir na árvore mais próxima e esperar, ela acabará passando, e é só atirar.

As Antas são animais extremamente territorialistas, ou seja, não abandonam suas moradas, a menos que o território ocupado por elas perca a qualidade necessária para sua sobrevivência.

Ao contrário dos demais animais, as antas quando migram, não seguem necessariamente o curso de um rio. Ao tomar um rumo e, na medida que avança na sua trajetória, ela cria as condições necessárias para sobreviver e cava até brotar água. Por isso na trilha aberta por uma Anta sempre virão outros animais usufruindo dos caminhos feitos por elas.

"O Grupo de Teatro Celeiro das Antas", fundado na primavera de 1991, é uma entidade de estudo, pesquisa, montagem, apresentação de peças teatrais e produção de eventos culturais.

Desde a sua fundação, o Celeiro das Antas dialoga, entre outras referências, com as tradições da cultura popular. Posteriormente, o gênero cômico ganhou destaque na trajetória do grupo.

Acreditamos que a função da arte é reinventar novos olhares e possibilidades de descobertas. Entendemos o teatro como um espaço para exercer as dúvidas, compartilhar incertezas, desconstruir ações que nos levam a respostas preestabelecidas, vivenciando assim, as mais distintas emoções.

Ao longo desses anos, pudemos compartilhar nosso trabalho em diversas cidades e festivais no Brasil e no Exterior.

As montagens mais relevantes do grupo são:
“A História do Balão Vermelho”, concepção de José Regino e Hueber Francisco, texto de Elizete Gomes, teve várias versões, sendo a sua estréia em 1991, o trabalho que deu origem ao Grupo. Sua última versão estreada no CCBB Brasília, em setembro de 2003. Mantém-se no repertório. “Moby Dick, A Baleia Branca”, adaptação da obra de Hermam Melville, direção de Humberto Pedrancini. Estreou a primeira versão em novembro de l993, lançando o grupo ao reconhecimento da crítica, foi indicado para o Prêmio OK de cultura. Estreou nova versão na Sala Martins Penna – Teatro Nacional em 2001, inaugurando parceria com a Brasil Telecom, que patrocinou durante três anos os trabalhos da companhia. Realizou temporadas nas principais capitais do nordeste brasileiro;“À Luz da Lua, os Punhais”, texto de Racine Santos. Montagem com a qual foram realizadas temporadas nas principais capitais do nordeste brasileiro (1997/2000); “Ato Confessional N°5”, texto de Ricardo Guilherme. (1998/1999); “Era uma vez... CHAPEUZINHO VERMELHO”, roteiro e direção de José Regino, com Elison Oliveira e José Regino; “Bagulhar”, roteiro criação coletiva, direção de Denis Camargo e Ana Flávia Garcia.

Atualmente o Grupo tem se dedicado a arte para crianças e bebês:
“Pequenas Histórias” com direção de José Regino, (2010), mantém-se no repertório do grupo; “Alma de Peixe – Teatro para bebês”, adaptação do texto de Cirila Targhetta, direção de José Regino, sendo o primeiro trabalho do grupo nessa área, (2009), mantém-se no repertório; “Panapanã – Teatro para bebês” direção e roteiro de Hyandra Lo e José Regino, com estréia prevista para março de 2011.


A seguir,  Relatos de Experiências de cada integrante do Celeiro das Antas.


1 Nome: Alana Teixeira Ferrigno

2 Data de nascimento: 08/07/1987

3 Quando começou a fazer teatro?
Em 2004, no espaço cultural Renato Russo, no grupo Teatrando Montagem.

4 Já fez parte de mais de um grupo/companhia/empresa? Quais são, onde e quando?
Sim . Faço parte da Estrupenda Trupe, Celeiro das Antas, TPM - Teatro Para Mulheres e de teatro institucionais pelo Detran e SUS. Estrupenda já tem uns seis anos, o Celeiro das Antas, um ano e dois meses, TPM há uns dois anos e os teatros institucionais há uns três anos.

5 Para você o que fazer teatro?
Para mim é minha profissão, minha rotina, meu dia a dia. É disciplina , superação e paixão. É uma necessidade para viver.

6 Atualmente faz parte de qual grupo de teatro? Qual e seu papel nele?
Estrupenda Trupe: Atriz, organização e produção; TPM: Atriz; Celeiro das Antas: Atriz

7 Qual a importância do teatro na sua vida?
Ele me move. É uma necessidade!

8 Como funciona o grupo de teatro que você faz parte?
Bom cada grupo se organiza de uma forma. No Celeiro e TPM minha função é atuar, pesquisar e desenvolver meu trabalho e como atriz para os espetáculos e para o crescimento do grupo em geral. Temos um treinamento diário para o desenvolvimento do trabalho. Na Estrupenda tenho um papel mais ativo dentro da produção, mas continuo trabalhando como atriz também. 

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1 Nome:
Carlos Henrique Valença

2 Data de nascimento: 26/03/1986

3 Quando e como começou a fazer teatro?
Em 2003. Até hoje não sei o motivo que me levou a fazer teatro. Um belo dia acordei e decidi que queria fazer. Então procurei uma oficina e me matriculei.

4 Já fez parte de mais de grupo/Cia/empresa? Quais são, de onde são e época?
Sim. Estrupenda Trupe de Brasília desde 2005.

5 Para você o que é fazer teatro?
Ter uma profissão.

6 Atualmente, faz parte de qual grupo de teatro? Qual seu papel no grupo?
Estrupenda Trupe (Ator, produtor, diretor, cenógrafo, faço tudo que precisar) e Celeiro das Antas (Ator)

7 Qual é a importância do teatro na sua vida?
Toda. Sem ele não viveria.

8 Como funciona o grupo de teatro que você faz parte?
No Celeiro o Zé Regino que é o diretor, é quem nos orienta. Em cima dessa orientação começamos a trabalhar. Seja um processo de criação, construção de personagem, de uma cena, etc...

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1 Nome: José Regino

2 Data de nascimento: 03 - janeiro - 1962
  
3 Quando e como começou a fazer teatro?
Comecei em 1982, de forma quase acidental. Entrei para um grupo de teatro com o propósito de cooptar pessoas para o movimento organizado que lutava contra a ditadura militar. Foi uma questão de tempo, muito pouco tempo para eu desistir de cooptar pessoas e começar a trabalhar junto a elas na criação de um grupo que iria fazer a diferença em Brasília na luta pelo fim dos governos militares.

4 Já fez parte de mais de grupo/Cia/empresa? Quais são, de onde são e época?
O primeiro que fiz parte e ajudei a fundar foi o Grupo de Teatro Retalhos, em 82, o segundo grupo que também fundei foi o Grupo de teatro Camaleão, todos os membros eram vindos do grupo Retalhos. No período em que estudei na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes entre 83 e 86 participei do grupo de Teatro Cena, formado por alunos da faculdade. E por última montei junto com alguns amigos o Grupo de Teatro Celeiro das Antas, no qual trabalho até hoje.

5 Para você o que é fazer teatro?
É uma opção de vida. Faço teatro para encontrar com as pessoas. O fato de fazer teatro como profissão moldou o meu modo de viver. Fazer teatro e viver de teatro, como qualquer profissão, acaba acarretando em opções que são muito especificas. Viver de teatro exige uma disponibilidade de tempo para estar onde e quando é necessário. O teatro me levou a conhecer lugares que dificilmente eu iria apenas por viagem de turismo.

6 Atualmente, faz parte de qual grupo de teatro? Qual seu papel no grupo?
Atualmente trabalho no Celeiro das Antas, onde exerço a função de ator, diretor, cenógrafo e as vezes figurinista.

7 Qual é a importância do teatro na sua vida?
É do teatro que tiro minha sobrevivência. Confesso que já tentei tirar do teatro a responsabilidade de viver dele, mas as minhas opções não vingaram. Costumo dizer que faço teatro por incompetência de exercer uma outra profissão.

8 Como funciona o grupo de teatro que você faz parte?
O Celeiro tem um núcleo fixo que dura ciclos de 04 a 07 anos, essa é uma média de tempo em que as pessoas permanecem no grupo. Há cada ciclo o grupo se organiza de uma forma diferente. Dependendo das pessoas e das suas disponibilidades de tempo e seus envolvimentos com outros grupos. O Celeiro nasceu como um grupo de estudo, até hoje essa é uma característica predominante em nossas ações. É comum ouvir das pessoas que passam pelo grupo, dizerem que, o tempo em que trabalhou no Celeiro foi muito importante porque aprenderam muito sobre  técnicas e formas de fazer teatro.
Foi o estudo do Método das Ações Físicas que deu origem ao grupo. Nesses anos de existência experimentamos muitas teorias e especulações sobre o método. Hoje trabalhamos com os princípios da Mímica Corporal Dramática definidos por Decroux e por Lecoq. Reconhecemos neles uma forma eficiente de treinar e acessar os elementos do Método das Ações Físicas. 

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1 Nome: Luciana Amaral

2 Data de nascimento: 06/11/1986

3 Quando e como começou a fazer teatro?
Meu pai tinha uma livraria e um café ao lado do Teatro Dulcina, parede com parede. Então sempre assistia aos espetáculos, o pessoal da portaria sempre me colocava pra dentro, e eu sempre entrava. As vezes não entendia nada do espetáculo porque era muito criança, mas estava sempre lá. Com 9 anos comecei a fazer cursos de teatro, mas em 2002 quando fiz parte do festival de teatro na escola,  (Festival que acontece até hoje) é que escolhi o teatro como profissão. Em 2003 conheci meu futuro marido em  curso de teatro, seguimos trabalhando juntos desde então. Em 2004 conheci os dois integrantes do meu grupo, e em  2005 entramos juntos na faculdade de artes Dulcina de Moraes. E em 2010 após 4 meses de licença maternidade o Celeiro convidou a Estrupenda Trupe para integrar o núcleo de pesquisa em arte para Crianá e, mais tarde, os quatro atores da Estrupenda foram convidados a atuar também no Celeiro.

4 Já fez parte de mais de grupo/Cia/empresa? Quais são, de onde são e época?
Já fiz parte de muitos grupos e projetos. Vamos lá: 2010/2011 - Celeiro das Antas; 2005/2011 - Estrupenda Trupe; 2010/2011 - núcleo de Teatro do Oprimido - Brasília; 2007/2011- grupo de teatro do Detran (Instituto Zabilin de arte e cultura); 2010 - Ministério da Saúde - abre alas para saúde (Instituto Terceiro Setor); 2010 - Basirah; 2006 - NEM - Núcleo de Experimentação do Movimento - Basirah; De 2004 a 2006 - Teatrando Adriana Lodi.

5 Para você o que é fazer teatro?
É minha profissão.

6 Atualmente, faz parte de qual grupo de teatro? Qual seu papel no grupo?
Celeiro das Antas - atriz; Estrupenda Trupe - atriz, diretora, concepção e confecção de cenário e figurino. Faço todas as funções necessárias para o desenvolvimento do grupo.

7 Qual é a importância do teatro na sua vida?
Eu vivo do teatro, para o teatro, com o teatro. Já dizia a Diva do teatro Brasileiro: Dulcina de Moraes.

8 Como funciona o grupo de teatro que você faz parte? 
No Celeiro especificamente eu executo da melhor maneira possível os comandos que o Zé traz. Ele traz estímulos e eu executo.